segunda-feira, 1 de junho de 2009

Às vezes me defino como uma pessoa sensível.
Não sei se sinto realmente ou entrego-me ao exagero... ultrapasso o natural, o suposto. Mas, se assim é "de fato", nem percebo: perco mais horas pensando nas causas que fazem o meu ser ser em mim do que nas coisas que devo fazer para existir ou no como durar na contínua atividade - cujo tempo é vago!
Suscetível ou não, é necessário tornar-me a cada dia. Sem pressa, retendo na memória momentos sem princípio ou fim! Tornar-me eterna... Enquanto o instante se demora vou pensando à toa no tom da minha voz!

Deixo aqui o que Vasco, personagem de Erico Verissimo, me disse na madrugada de sábado: "Eu sou um animal! (...) Com um sol destes, com um dia destes e um veleiro passando lá no rio e o vento nos eucaliptos eu ainda me lembro de filosofar. É uma doença. Eu acho que são os malditos livros. Às vezes eu penso se não seria melhor queimar as bibliotecas..."(Um Lugar ao Sol - Erico Verissimo)

Ah! Sobre o final de semana: foi estranho... ganhou um certo charme esperar o que não sucedeu e realizar o inimaginado...

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Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
(Clarice Lispector)