quinta-feira, 18 de junho de 2009

Entrevista

Final de semana passado, domingo.

A Bru resolveu entrevistar o meu padrinho, Pe. Sebastião, olhem só:

Vida de Padre

Quando vamos à missa ou a algum encontro religioso, temos os ministros por santos e não imaginamos o que pode acontecer nas suas vidas pessoais. Ao terminar uma celebração o que acontece com um padre, pra onde ele vai com quem ele conversa. Foi para sanar curiosidades que procurei o Pe. Sebastião Márcio Maciel, em Cambuí e em entrevista pude concluir que além do chamado especial que cada um recebeu por Deus, essas pessoas que entregam suas vidas ao ministério e à devoção tem sentimentos como qualquer um de nós, que também podem sentir tristeza e solidão, mas acreditam piamente que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza, como já dizia o apóstolo Paulo, e que são homens como qualquer outro, o que muda são as escolhas que fizeram.

Perfil: Pe. Sebastião Márcio Maciel, nasceu em Soledade de Minas, está em Cambuí há 4 anos, o jovem Padre tem apenas 29 anos.

Bruna Mariana: Quando o senhor recebeu o chamado para ser Padre?

Pe. Sebastião: A vocação é dom e mistério. Quando eu era criança já brincava com as imagens de Santos. Queria ser padre, mas não levava a sério o chamado. Em agosto de 1995, resolvi conhecer o Seminário em Pouso Alegre, mas só um ano depois, em 96, concretizei o chamado, aos 16 anos. Tive sinais de vocação desde cedo.

Bruna Mariana: Há quantos anos o senhor fez os votos e foi ordenado padre?

Pe. Sebastião: No Seminário terminei o Colegial, estudei Filosofia e Teologia. Lá fiquei 10 anos, fui ordenado há dois anos e meio, vim pra Cambuí como estudante, em Janeiro de 2006, em março fui ordenado diácono e nesse mesmo ano no dia 29 de setembro fui ordenado Padre.
Bruna Mariana: Hoje qual a idade mínima para se entrar no Seminário?

Pe. Sebastião: 18 anos. Antes podia-se entrar no Seminário com 13, mas hoje com 18 anos, pois acredita-se que com essa idade o jovem tem mais maturidade e convicção do chamado. Com isso o número de vocacionados caiu muito, hoje no Brasil falta em torno de 30 bispos.
Mas temos que acreditar na potencialidade da semente.

Bruna Mariana: O que o senhor acha sobre o celibato? O senhor é a favor da liberação do celibato para os padres?

Pe. Sebastião: O celibato é necessário para o mundo. Não fui coagido, não recebi influência da família ou da comunidade. Deus utiliza da minha fraqueza para fortalecer a muitos. Sou contra a liberação do celibato.

Bruna Mariana: O que o senhor acha do crescimento das igrejas evangélicas em Cambuí, a Igreja Católica tem perdido fiéis?

Pe. Sebastião: O que é perder fiéis? Isso a nível quantitativo ou qualitativo? Hoje em Cambuí temos 80% de católicos, desses 20% são cristãos segundo seus interesses. Não são católicos que saem da igreja, mas das igrejas tradicionais, essas pessoas saem das próprias igrejas evangélicas e migram de uma igreja para outra.


Bruna Mariana:O que o senhor entende por essas palavras?
Bruna Mariana: Deus
Pe. Sebastião: O sentido da vida
Bruna Mariana: Amor
Pe. Sebastião: Entrega
Bruna Mariana: Celibato
Pe. Sebastião: Opção pelo reino
Bruna Mariana: Família
Pe. Sebastião: Base da Sociedade
Bruna Mariana: Vocação
Pe. Sebastião: Meta a ser alcançada
Bruna Mriana: Juventude
Pe. Sebastião: Semente para um mundo novo

Bruna Mariana: Deixe uma frase para o final dessa entrevista.

Pe. Sebastião: Deuteronômio 7:7 “O Senhor me amou e me escolheu.”
"O ser humano tem que ter consciência de que é amado por Deus. Ele sonhou o ser
humano. Ele nos chama para ser continuadores.
A base do sacerdócio
ministerial está em Hebreus 5:1-4. O Padre é tirado do meio do povo e devolvido
ao povo nas coisas que se referem a Deus. É Ele quem escolhe."
Bruna Mariana de Souza
3º Período de Jornalismo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
O retrato mágico, que se move...
Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
(Clarice Lispector)