segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sempre tentativas. Toda Ela, a vida, tentando...

Alguém anda a construir uma escada pros meus sonhos.
(Murilo Mendes)

Não gostaria de perder a poesia Dela. Tento ler os escritores, mas eles não me escutam. E vão andando Nela com seus livros sob os ombros. O grande poema nunca para, porem os versos vão ficando mudos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Alguns problemas deixam a vida agitada...
Estou um pouco cansada, mas relativamente feliz...
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Não gosto mais das cores do blog.
Quiçá nem tanto dele, será que é por falta de atualização?

Preciso reinventar a vida diariamente?
Preciso não calar?

Há mister esconder o cansaço.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A maternidade é mais um poema que começo a construir...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tenho escrito aqui quase como quem pula janela a noite - achando não ser notado... Uma pena a escuridão cobrir todas as coisas! Não, não é uma pena... dou risada feito doida.

Caso alguém leia que seja tão tolo para compreender.

Existe o que compreender? Talvez sim, mas ainda não descobri. O universo é exposto, basta olhar - sem analises.

Apenas desenho palavras porque sou livre, segredo de criança.

Mudanças fazem a vida caminhar, inda mais quando rebentam numa pedra antes coberta - DESCONHECIDA!

"Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter"

(VINICIUS DE MORAES)

sábado, 24 de abril de 2010

Dá-me a tua mão

Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.


De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.


Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.

(Poema de Clarice Lispector arranjado pelo Padre Antonio Damázio)

Um dia cantarei... apenas posso, agora, sonhar!

sábado, 20 de março de 2010

Ausência

Preciso voltar a colocar toda vida num amontoado de letras...
Saudade de escrever!
Falta-me tempo. Tenho corrido demais!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

(Florbela Espanca)


Quem sou eu

Minha foto
O retrato mágico, que se move...
Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
(Clarice Lispector)