quinta-feira, 4 de junho de 2009

Escrevi hoje - para alguém - que o dia, embora frio, está lindo... Céu de Alice no País das Maravilhas! Para desfrutar do maravilhoso fascínio natural, vale o sacrifício de bater os dendes!

Fico a achar que a vida vale mais a pena quando podemos, com velhos amigos - ou novos -, rir do que se foi e do "já era".

Lembro aqui Leandro Coser: um dia me tirou da mesmice de sábado à tarde para escancarar os lábios e atravessar buracos imensos numa cachoeira não tão longe... as pedras devem lembrar dos saltos sobre penhascos invisíveis...
Conheço bastante gente, de diversos tipos - não importo-me com quem sejam, e sim com como são! Particularmente demoro pouco tempo para confiar em alguém, porém não possuo muitos amigos. Conservo aqueles que me farão falta, os que me amaram num certo momento da vida... sei aqueles cujo amor não desfaleceu, não criou asas em seus corações, também os amo profundamente!

Quiçá não tenha mais contato com um bocado deles... estarão para sempre nas linhas, nas páginas que vou montando!
O tempo não existe. A qualquer momento pode suceder o acaso, o passado pode tornar presente, o futuro ficar no ontem da imaginação... Então vou vivendo conforme calha, adaptando minhas vontades a dos outros... a do mundo que impõe limite aos fortes...
Admiro os fracos... São Francisco de Assis! De tão pequeno revolucionou, chegou onde nenhum forte conseguiria... ironia que sucumbi paletó e gravata!

Ontem eu quase entendi o frenesi do mundo... uma pena ter desviado meu pensamento para a borboleta colorida que depositava suas patas na rosa laranja em cima da minha mesa!
A rosa laranja é resultado de parte da inquietação, mas a borboleta... inútil ser transformada!

Em tempo: Saudade de grandes amigos!
(Não farei lista)

Um comentário:

  1. Saudades, de risos, sorrisos que foram em outro dia, o melhor de dois.
    Que hoje seja séculos, que substituirá os segundos naum vistos.
    Bjos, linda menina.

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O retrato mágico, que se move...
Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
(Clarice Lispector)