quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Não é mais, Murilo, a 'Poesia em Pânico". É a vida em pânico, somos nós em pânico... com pânico de nós mesmos! Querendo (re)inventar para, no fundo, não dar de cara com o silêncio infinito, com os "milhões de olhos por dentro"... Vamos viver tudo de todas as formas, Pessoa, deixar o medo consumir cada instante. Dar ao corpo e a alma ares de eterno! Mentir - e acreditar - que a vida permanece além túmulo!
Não escrevo almejando o "durar para sempre", faço-o para explorar o meu espanto! Na verdade por simples capricho, apego as coisas bem coisas!
Estão cheios de lágrimas. Como a vida não teve pena dos mortos. Manuel Bandeira. Clarice Lispector.
Lendo alguns imortais deparo-me com a vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
O retrato mágico, que se move...
Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
(Clarice Lispector)